Zonas Húmidas
no mundo têm tido uma redução preocupante!
Fonte: publico.pt
Segundo
um estudo recente, nos últimos três séculos já se perderam pelo menos 21% das Zonas Húmidas do mundo.
Enquanto
ambientes intermédios entre os ecossistemas aquáticos e os terrestres,
correspondem a superfícies alagadas ou inundadas com águas naturais ou
artificiais de forma permanente ou sazonal, podendo ser correntes ou
estagnadas, de sabor doce, salobra ou salgada. Assim, neste tipo de espaços, é
possível encontrar, por exemplo, pântanos, lagos, charcos e rios, entre outros.
Para
além de servirem de habitat a várias espécies, as zonas húmidas contribuem para
disponibilizar água potável, filtrar resíduos e ajudam a combater o efeito de
estufa, pelo que, a sua conservação é uma reconhecida prioridade internacional.
Segundo o estudo
publicado pelo autor Etienne Fluet-Chouinard na revista Nature, desde
1700, a área que o mundo perdeu nestes ambientes de transição é equivalente ao
território indiano (país da Ásia Meridional), que sendo um número
impressionante, é inferior ao que tinha sido estimado até então, salientando-se
que as perdas se concentraram, essencialmente, nos continentes americano,
asiático e europeu, mais especificamente em cinco países: Estados Unidos da
América, China, Índia, Indonésia e Rússia.
Os
três grandes motivos para tais perdas foram a reconversão em terras agrícolas (61,7%),
cultivo de arroz (18,2%) e criação das áreas urbanas (8%). Portugal não é
mencionado no artigo, no entanto, Etienne Fluet-Chouinard estima que o país
perdeu cerca de 42% de zonas húmidas.
Nos
discursos sobre alterações climáticas, é habitual a referência sobre a
poluição, a emissão de gases e a desflorestação como fatores que contribuem
para esta situação, ignorando o papel destas no suporte de espécies,
armazenamento de carbono e filtragem de águas.
O crescimento
populacional tem um forte impacte na redução das zonas húmidas, quer pelo aumento das áreas urbanas, com a
concentração demográfica que as determinam, como pelas necessidades alimentares
que exigem novas superfícies agrícolas, subestimando-se assim o papel destas no
combate ao efeito de estufa, mas também a sua importância para um recurso cada
vez mais crítico: água potável.
Lara Carvalho, 14 - 8A
José Carlos Costa