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sábado, 3 de junho de 2023

 A situação de seca em Portugal

A problemática já apresentada neste blogue, que merece nos dias de hoje uma atenção particular, com medidas recentes de contenção de uso da água por parte do governo, nomeadamente no sotavento algarvio (INFO >>), foi alvo de trabalhos de pesquisa no mês passado de notícias nas turmas 10G e 10H, da qual resulta a seguinte divulgação.

10G



10H
José Carlos Costa

quinta-feira, 4 de maio de 2023

 

Barragens meridionais portuguesas 

com défice hídrico INFO >>

         As barragens de Monte da Rocha (Ourique, Beja - Baixo Alentejo), Campilhas (Santiago do Cacém, Setúbal - Alentejo Litoral) e Bravura ou de Odeáxere (Lagos, Faro - Algarve), respetivamente, com 10, 13 e 14% de capacidade, estão com défice de água, devido à falta de precipitação que ocorreu neste inverno.
Localização das barragens (Luciana Ferreira e Martina Rodrigues)
Albufeira da do Monte da Rocha (sicnoticias.pt, maio2022)           Albufeira das Campilhas (agroportal.pt, outubro2022)
Albufeira da Bravura (sulinformacao.pt, abril2023)

As barragens abaixo dos 20% da sua capacidade causam impactes negativos na vida dos habitantes, como por exemplo, impossibilitam a rega dos campos, sendo esta utilizada prioritariamente para consumo direto.

        A barragem do Monte da Rocha faz parte ainda da bacia hidrográfica do Sado, uma região afetada por invernos de reduzida precipitação e verões muito secos.
Antes (PNAGNAM - YouTube, abril 2010)
Depois (Kuatro Ventoinhas Drones - YouTube, outubro 2022)

Os seus habitantes estavam acostumados a ver esta barragem cheia, porém, nos últimos anos tal não ocorre, imperando uma situação de seca, causando, para além do já mencionado, menos turismo devido a falta de água no espaço em causa.

Para (tentar) resolver este problema foi iniciada a instalação de condutas com a albufeira da Alqueva (o maior lago artificial da Europa Ocidental), estando prevista a conclusão até 2027. Assim, a água percorrerá 80km, 50 km desde o Alqueva até à barragem do Roxo, e depois mais 30 km até chegar à do Monte da Rocha.

(Fonte: jornalismodocumental.pt e radiocampanario.com)

(Marco Custódio in YouTube, julho 2017)
 Luciana Ferreira, 13 - 10G
 Martina Rodrigues, 16 - 10G
José Carlos Costa  



segunda-feira, 24 de abril de 2023

Zonas Húmidas no mundo têm tido uma redução preocupante!

Fonte: publico.pt

Segundo um estudo recente, nos últimos três séculos já se perderam pelo menos 21% das Zonas Húmidas do mundo[1].

Enquanto ambientes intermédios entre os ecossistemas aquáticos e os terrestres, correspondem a superfícies alagadas ou inundadas com águas naturais ou artificiais de forma permanente ou sazonal, podendo ser correntes ou estagnadas, de sabor doce, salobra ou salgada. Assim, neste tipo de espaços, é possível encontrar, por exemplo, pântanos, lagos, charcos e rios, entre outros[2].

Para além de servirem de habitat a várias espécies, as zonas húmidas contribuem para disponibilizar água potável, filtrar resíduos e ajudam a combater o efeito de estufa, pelo que, a sua conservação é uma reconhecida prioridade internacional.

Segundo o estudo publicado pelo autor Etienne Fluet-Chouinard na revista Nature, desde 1700, a área que o mundo perdeu nestes ambientes de transição é equivalente ao território indiano (país da Ásia Meridional), que sendo um número impressionante, é inferior ao que tinha sido estimado até então, salientando-se que as perdas se concentraram, essencialmente, nos continentes americano, asiático e europeu, mais especificamente em cinco países: Estados Unidos da América, China, Índia, Indonésia e Rússia. 


Os três grandes motivos para tais perdas foram a reconversão em terras agrícolas (61,7%), cultivo de arroz (18,2%) e criação das áreas urbanas (8%). Portugal não é mencionado no artigo, no entanto, Etienne Fluet-Chouinard estima que o país perdeu cerca de 42% de zonas húmidas.

Nos discursos sobre alterações climáticas, é habitual a referência sobre a poluição, a emissão de gases e a desflorestação como fatores que contribuem para esta situação, ignorando o papel destas no suporte de espécies, armazenamento de carbono e filtragem de águas.

O crescimento populacional tem um forte impacte na redução das zonas húmidas, quer pelo aumento das áreas urbanas, com a concentração demográfica que as determinam, como pelas necessidades alimentares que exigem novas superfícies agrícolas, subestimando-se assim o papel destas no combate ao efeito de estufa, mas também a sua importância para um recurso cada vez mais crítico: água potável.

Lara Carvalho, 14 - 8A

José Carlos Costa


sexta-feira, 31 de março de 2023

 

     Sismos em Portugal!

No dia 20 de fevereiro de 2023 um sismo de 4,1 na escala de Richter foi sentido na ilha de Santa Maria (grupo oriental). O Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA), registou este abalo às 22:40 locais de segunda-feira, com um epicentro a cerca de 51km. a Este de Santo Espírito.
De acordo com a escala de Mercalli modificada, este sismo com intensidade III (fraco) e IV (moderado), sentiu-se dentro das habitações, sendo notória a vibração de portas, janelas e louça dentro dos armários. (INFO >>)
(Fonte: tvi.iol.pt)
Em Portugal estes fenómenos acontecem com frequência, pois localiza-se junto à fratura Açores-Gibraltar, ou seja, perto da fronteira das placas Euro-Asiática e Africana (Núbia). (INFO >>) (INFO >>)


Sismicidade registada no continente e regiões adjacentes de 63 a.C. a 2007
Adaptado de Martins e Mendes-Victor, 1990 (Fonte: spessismica.pt)

Mapa de Sismicidade do últimos 30 dias (Fonte: ipma.pt)

Modelo geodinâmico interpretativo para a colisão das Placas Euro-Asiática e Africana
 (Fonte: spessismica.pt)

Mais recentemente, outro sismo ocorreu a 23 de março, pelas 15 horas, com epicentro a 4km. Este-Nordeste de Arruda dos Vinhos (INFO >>), Alenquer e Vila Franca de Xira (Lisboa), registando o valor de 2,6 na escala de Richter e com a intensidade máxima III na escala de Mercalli.
Sismógrafo (Fonte: sicnoticias.pt)
 Vista de Vila Franca de Xira (Fonte: observador.pt)

 Lara Vieira, 21 - 10G
José Carlos Costa 

terça-feira, 21 de março de 2023

 Começou a primavera!

O equinócio de primavera foi ontem às 21h. e 24min.

(Fonte: meu-paraiso-das-gifs.blogspot.com)

(Fonte: br.pinterest.com)

(Fonte: casacienciabraga.org)

  Ao longo do ano são duas as vezes onde a duração do dia natural é a mesma que a noite - os Equinócios. A tem origem no latim, significando "noite igual". A partir desta data o período de luz é maior do que o de escuridão, ou seja, os dias naturais ficam maiores do que as noites. Tal ocorre porque a trajetória do sol que visualizamos ao olhar para a atmosfera descreve um arco cada vez mais longo e mais alto, estando mais tempo acima do horizonte todos os dias indo atingir o seu máximo no solstício de verão no dia 21 de junho, pelas 15:57, (precisamente na data em que teremos o maior dia do ano e, por consequência, a noite mais curta). 

     Relacionado com a efeméride,  divulga-se ainda que começou também a festa da Primavera no Agrupamento, estando patentes duas exposições de trabalhos de alunos: na Casa do Corim e na escola sede, no pavilhão 2. Igualmente, irá ocorrer o Concerto da Primavera (ao ar livre e com lugares sentados) no próximo dia 24 (19 h.), na Casa do Corim

              

      Seguindo-se a sugestão do INFO >> , divulga-se uma curta-metragem de animação "Primavera", escrito e dirigido por Andy Goralczyk, sobre uma pastorinha e o seu cão, que enfrentam espíritos ancestrais para dar continuidade ao ciclo da vida.


                                                                                                                    José Carlos Costa  

sexta-feira, 17 de março de 2023

 

Os canais de Veneza estão a secar? INFO >>

Veneza, uma cidade no nordeste da Itália (INFO >>),  onde os habitantes têm como preocupação mais habitual as inundações provocadas pelas cheias nas temporadas de "acqua alta". 

(Fonte: google.com e  dn.pt)

Porém, recentemente, passaram a ficar apreensivos com a seca e marés anormalmente baixas nos seus canais, pois sendo vias importantes na circulação de embarcações, por exemplo, gôndolas, táxis aquáticos e ambulâncias, entre outros, veem dificultada tal movimentação.


(Fonte: jn.pt)

      A reduzida precipitação é o resultado da presença de um anticiclone que dominou durante 15 dias a Europa Ocidental, gerando temperaturas amenas, registadas normalmente na primavera. Igualmente, ocorreu uma semana de inverno seco que provocou a queda de metade da neve prevista nos Alpes, pelo que, a fusão tem sido menor. Espera-se que com a chegada de precipitação e neve nos Alpes ajude a encher os canais.

   Concluindo, com a seca dos canais deixa de ser possível utilizá-los como meio de circulação, provocando frustração aos habitantes da cidade, pois não têm como se locomover, bem como gera a desilusão dos turistas que visitam Veneza em busca da sua beleza e neste caso deparam-se com uma realidade totalmente diferente.

(Fonte: penaestrada.blog.br)

 Luciana Ferreira, 13 - 10G
 Martina Rodrigues, 16 - 10G
José Carlos Costa  

quinta-feira, 16 de março de 2023

 População de Portugal: conheça os dados demográficos atuais do país INFO >>

(Fonte: eurodicas.com.br)

Portugal, com base nos Censos 2021, tem 10.343.066 de residentes, nomeadamente, 5.422.846 mulheres e 4.920.220 homens. INFO >> INFO >>

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) estes números estão a diminuir significativamente, encontrando algo semelhante entre 1960 – 1970, pelo que, face a 2011, assistimos a um retrocesso de 2,1%.

No nosso país, estamos sim a perder habitantes e, apesar do saldo migratório ser positivo, não consegue compensar este retrocesso demográfico. Assim, enquanto imigração, entraram em Portugal cerca de 147.669 pessoas e emigraram 65.983 habitantes, ou seja, + 81.686 pessoas.

Naturalmente, aos aspetos acima referidos estão associados às referências de natalidade e mortalidade.

Com base nos dados de 2021, no nosso país nasceram 79.582 bebés, sendo a taxa de fecundidade de 35,8  e o índice sintético de fecundidade (ISF) é de 1,34 e quanto à mortalidade, morreram 124.802 pessoas, situação que coloca o nosso crescimento natural (CN) negativo.

Assim, o país tem um problema de envelhecimento populacional, que consiste em que nascem menos pessoas, mas que vivem mais tempo, logo, têm uma maior esperança média de vida, que no nosso país é de 80,72 anos (77,67 anos para os homens e 83,37 anos para as mulheres) à nascença e de mais 19,35 anos a partir dos 65 anos, ou seja, temos cada vez mais, maior longevidade.

Portugal faz parte do grupo dos países desenvolvidos (PD) seguindo idêntica tendência demográfica, ou seja, natalidade reduzida, mortalidade gradualmente mais elevada, CN reduzido ou negativo (quando os óbitos são superiores aos nados-vivos), elevada esperança média de vida e o ISF menor do que 2,1.

Margarida Sousa, 20 - 8A
José Carlos Costa 


 A situação de seca em Portugal A problemática já apresentada neste blogue, que merece nos dias de hoje uma atenção particular, com medidas ...