O presente ano pode tornar-se um dos mais secos de sempre em Portugal, pois a seca severa afeta já mais de 1/3 do país, designadamente os territórios mais a sul, com a barragem de Bravura a ter apenas 14% da sua capacidade máxima e a do Alqueva (rio Guadiana - Alentejo), enquanto maior lago artificial da Europa, atualmente tem 79%.

As condições atmosféricas, segundo o Instituto do Mar e da Atmosfera, apesar de não serem tão graves como em 2005, nas próximas semanas apontam para que a península Ibérica tenha ausência de precipitação, agravando a problemática que tem vindo acentuar-se desde outubro de 2021, definindo um cenário de seca extrema nos finais deste mês em todo o distrito de Beja. INFO >> (ver vídeo)

Na minha opinião, esta situação afeta diretamente as populações no que refere ao uso da água na sua dinâmica diária, obrigando ao racionamento deste recurso, penalizando a atividade agrícola (onde serão proibidas as regas) e pecuária, designadamente não se assegurando a renovação das pastagens, bem como, afetando os espaços da cultura de regadio, como o caso do arroz e a diminuição da produção energética, já que a circulação da água é efetuada em menor intensidade, com reflexos óbvios na economia regional e nacional.

                                                                                   José Carlos Costa