A seca no Algarve causa um cenário de
crise na região INFO >>
Não sendo um problema novo (cf. publicações neste blogue 4/5 e 3/6 do ano transato), a região algarvia está a atravessar um agravamento da sua situação de extrema gravidade relativa à mais severa escassez de água, intensificando-se progressivamente e provocando severas consequências, nomeadamente, para os agricultores que se encontram na necessidade de assumir a maior parte dos gastos envolvidos, colocando-se problemas à sua sustentabilidade, por exemplo nas culturas importantes de laranja (produto IGE, única no mundo), dos frutos vermelhos e do abacate.
Com as barragens algarvias a ter apenas 25% da
sua capacidade, salienta-se a situação da barragem
da Bravura (Lagos, Faro),
insere-se numa das áreas com seca mais
significativa, onde, mesmo com chuvas recentes, o equipamento está apenas com
8% da capacidade total, causando vários impactes.
Uma outra barragem, a do Arade (Silves, Faro),
responsável pelo fornecimento de água a 1800 agricultores, está a 15% da sua
capacidade total (2 milhões de m3).
A seca no Algarve destaca a vulnerabilidade climática da região, está a gerar vários sofrimentos em diversas atividades económicas, exigindo a gestão sustentável dos recursos hídricos, como assegura o presidente da Região do Turismo do Algarve (RTA) André Gomes, ao referir que “se tivermos de fechar a torneira todos os setores vão sofrer”, ou seja, a definição de um plano de contingência determinará uso muito controlado do uso da água, delineando cotas conforme a atividade em causa, privilegiando o uso doméstico. INFO >>