Um olhar geográfico sobre a exposição de
Educação Visual
No rés do chão do edifício principal (A5) da
sede do Agrupamento, bem como no mesmo piso do bloco A2, decorre uma exposição
de trabalhos de Educação Visual das turmas do 9.º ano A a D da prof.ª Maria
Monteiro, com o tema “Representação de um espaço exterior em perspetiva cónica”.
Enquanto a visualizava, fui-me apercebendo da
ligação óbvia com alguns aspetos urbanísticos, nomeadamente, a ocupação/uso do solo vs. a intensidade de concentração, a tipologia de edifícios vs. altura, a área
funcional vs. função urbana, o enquadramento do traçado das infraestruturas
viárias vs. organização do espaço urbano, as marcas históricas da evolução dos
espaços urbanos e a integração de edifícios numa envolvente verde.
As áreas urbanas são espaços
terrestres de construção massificada de edifícios (residenciais, industriais e
terciários) e infraestruturas, definindo uma continua ocupação.
A procura crescente das áreas urbanas ditou uma competição pelo espaço, encontrando na construção em altura uma forma de permitir alocar mais pessoas e atividades económicas. Assim, a diversidade de edifícios está muito associada à função para o qual os mesmos foram construídos/licenciados, correspondendo-lhe a respetiva licença de utilização passada pela câmara municipal.
Na expansão das áreas urbanas, mercê da renda locativa, acabaram por se organizar por áreas funcionais homogéneas, nomeadamente, terciária, residencial (classe alta, média e baixa) e industrial, ditando imagens diferenciadas do espaço urbano, bem como, distâncias em relação ao centro (baixa - CBD).
No processo de expansão urbana, são visíveis marcas da sua evolução, tanto no traçado da(s) rede(s) de circulação como no edificado, podendo destacar-se neste, a construção emblemática de monumentos.
No espaço urbano a área verde é vital, pelo que é parte integrante, quer em áreas significativas (jardins e parques), como na envolvente dos edifícios.
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