Tiago Oliveira, da Agência para a Gestão Integrada de Fogos
Rurais, esclarece que a floresta atualmente existente tem que ser gerida de uma
forma diferente, mais ativa, com maior frequência de limpeza das matas e dar
rendimento ao proprietário para estes investirem.
Os dados do ICNF, entre 1990 e 2020,
indicam que os incêndios percorreram 3,9 milhões de hectares de vegetação, revelando
ser mais do que toda a área atual de povoamentos florestais (3,2 milhões ha).
As três maiores culturas da floresta portuguesa são,
nomeadamente, o Eucalipto (845 mil ha), o Sobreiro (720 mil ha) e o Pinheiro
bravo (713 mil ha), sendo a primeira, a que mais facilmente propaga os
incêndios florestais em Portugal.
No contexto da notícia é ainda levantada uma problemática de que, apesar do país arder de uma forma menos frequente, se não existir limpeza de matas, quando ocorrerem incêndios, irá ser de um modo mais violento.
Ainda na peça visualizada, Francisco Ferreira, Associação Ambientalista Zero, afirma que o grande dilema que Portugal enfrenta é a lentidão sentida no desenvolvimento de uma floresta com uma área maior e com espécies mais diversificadas. Contudo, através do programa europeu REACT-EU – Resiliência dos Territórios face ao Risco, o governo português anunciou que irão ser investidos 45 milhões de euros para florestar o país até ao fim do ano 2023.
Na minha opinião, é importante uma
maior vigilância e limpeza das matas para que não aconteçam desastres que destruam
parte da floresta portuguesa e com isso, ocorram perdas de vidas humanas e de
biodiversidade, de recursos naturais de elevada importância socioeconómica, edifícios
e infraestruturas. O programa REACT-EU é bastante importante, pois investir na
floresta portuguesa nunca é demais, contudo, se forem plantados eucaliptos ou
pinheiros, devido à sua importância economia e rápido crescimento, os riscos
associados aos incêndios originarão um evidente desperdício de dinheiro, pois
as problemáticas continuaram a existir. Sendo assim, devem ser implementadas
medidas, como a redução gradual e o correto ordenamento florestal das
monoculturas de eucalipto ou de resinosas como o Pinus pinaster.
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