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quinta-feira, 9 de junho de 2022

UE aprova por unanimidade pacote de sanções para "atingir e muito" a Rússia INFO >>

Fonte: DN.pt

Os 27 Estados-membros da União Europeia (UE) aprovaram, a 22 de fevereiro de 2022 um conjunto de medidas (por exemplo, a Alemanha suspendeu a autorização de certificação do gasoduto North Stream 2, inviabilizando o seu uso), que visaram atingir em larga escala a potência russa, cujo comportamento tem sido (muito) confrontado pública e diplomaticamente, tanto pelos representantes da UE, como pelos seus aliados – Estados Unidos da América, Reino Unido e Canadá.

Tais medidas têm como finalidade travar as políticas agressivas do Kremlin e, caso não surtam o efeito desejado, mais sanções poderão ser adotadas. Estas têm isso, essencialmente financeiras e comerciais e visam particulares, empresas e membros da Duma. Assim, atacam os bancos que financiam o poder militar russo e proíbem o comércio entre as duas regiões separatistas e a UE.

Mais recentemente (2 de junho de 2022), a UE, após prolongada negociação, aprovou novas sanções referentes às fontes de energia não renováveis, embargando as exportações de petróleo russo, com exceção para o crude que passa pelo oleoduto de Druzhba e abastece países sem costa, como a Hungria, Eslováquia e República Checa. A Alemanha e a Polónia, também ligados ao referido oleoduto, não usaram esta hipótese, pois têm condições de substituir a oferta russa por outros fornecedores.

Esta problemática, poderia “ter sido travada” se a Ucrânia tivesse conseguido aderir à UE a 5/3 do corrente ano. Nesse caso, o país teria um maior apoio económico, militar e humano. Porém, o país não reúne as condições políticas necessárias, obrigatórias, além de que, a adesão levanta problemas de desigualdade face a outros países dos Balcãs, já em fila de espera, há alguns anos, para aderir à UE.

Na minha opinião, este é um tema bastante controverso. Estas poderão ser medidas eficazes no combate à barbárie que se faz sentir na Ucrânia, país que está a ser destruído por um ditador, ameaçando as fronteiras com a UE, território que promove o bem-estar estar e cooperação entre todos, e não a mortandade e a destruição massiva a que se tem assistido. É, no entanto, preciso algum cuidado com estas medidas que envolvem, principalmente, as fontes de energia não renováveis, como petróleo e gás natural, já que, podem colocar em causa o bom funcionamento de outros países que dependem destes recursos russos. A adesão imediata da Ucrânia poderia trazer vantagens para todos os intervenientes aliados da sua causa, mas não seria justa para com os restantes países que se encontram em espera. Nunca será uma decisão unânime mas será com certeza ponderada pelas entidades competentes.

Ana Cunha, 02 - 11F

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